A lei que poderá obrigar a AT&T a abrir mão do controle da Sky é antiquada, segundo o presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista. A legislação do setor, diz ele, terá de mudar para se adaptar à realidade do mercado de mídia.
No Brasil, um mesmo grupo é proibido de produzir e distribuir conteúdo. Esse seria o caso da AT&T, detentora de 93% do capital da Sky, caso se concretize a aquisição da Time Warner, dona de canais como HBO e Warner.
Independente da transação, as regras no país e no mundo deverão se adequar para evitar desequilíbros no setor, afirma o executivo.
"A Netflix, por exemplo, produz conteúdo e entrega na sua casa. Quando a lei foi criada, não havia Netflix, mas hoje é uma realidade", diz.
"O que espero é que as regras sejam aplicadas a todos. Vamos questionar as autoridades para que isso não gere assimetrias no futuro. Isso é absolutamente legítimo, o mundo está se movendo mais rápido que as instituições."
Ele também critica a desigualdade na tributação.
"[A Netflix] tem milhões de assinantes aqui, mas nenhuma autoridade cobra deles o que nos cobram, ISS, ICMS. O argumento é que não há mercadoria circulante. E meu satélite circula, por acaso?"
Apesar das queixas, Baptista diz acreditar que a retração do mercado em 2016 se deu pela crise econômica e que o streaming não matará a televisão por assinatura. "Você não vê futebol ou shows ao vivo na Netflix."
Voltamos à nossa programação normal
Os investimentos feitos pela Sky no Brasil vão continuar em 2017, na avaliação do presidente da empresa, Luiz Eduardo Baptista. A companhia planeja investir R$ 1,5 bilhão no país em 2017.
"Em qualquer cenário, seja abertura de capital ou venda, temos de estar saudáveis. Ninguém tem interesse em comprar um negócio que está mal, sem perspectiva", afirma o executivo.
"O que está em jogo é quem controlará os negócios [da AT&T], como a Sky. Para nós, a vida segue normalmente, não estamos envolvidos nos processos."
A companhia, que investiu R$ 1,3 bilhão entre 2014 e 2016 no lançamento de um satélite e na inauguração de um centro de transmissão, deverá manter seus aportes em estrutura e novos canais. O valor previsto para essas áreas em 2017 é de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Além disso, a companhia tem planos de crescer no segmento de banda larga, que atualmente tem baixa participação no negócio —cerca de 15% da operação de televisão por assinatura.
Em 2017, ao menos R$ 300 milhões serão destinados a torres e aparelhos de recepção no país, diz Baptista.
"A demanda hoje é maior que nossa capacidade, a instalação de estrutura é um processo caro. Nossa estratégia, de expandir em áreas com poucas opções de banda larga, onde a concorrência é menor, se mantém."
O serviço é oferecido em 119 cidades distribuídos por 23 Estados e Distrito Federal.
RAIO-X - Sky
US$ 3,5 bilhões
faturou a empresa em 2015
2.000
são os funcionários diretos, além de outros 40 mil colaboradores
5,5 milhões
são os assinantes de TV por assinatura
300 mil
é o número de clientes do serviço de banda larga
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]  
Faça parte das nossas Redes Sociais
Faça parte das nossas Redes Sociais