A lei que poderá obrigar a AT&T a abrir mão do controle da Sky é antiquada, segundo o presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista. A legislação do setor, diz ele, terá de mudar para se adaptar à realidade do mercado de mídia e evitar desequilíbrios.
De acordo com a legislação brasileira, uma mesma empresa não pode controlar a infraestrutura e ser provedora de conteúdo. Esse é o caso da AT&T, que detém 93% do capital da Sky, caso se concretize a compra da Time Warner anunciada em outubro do ano passado.
"A Netflix, por exemplo, produz conteúdo e entrega na sua casa. Quando a lei foi criada, não havia Netflix, mas hoje é uma realidade", alfinetou o executivo que vai além e critica a desigualdade na tributação. "[A Netflix] tem milhões de assinantes aqui, mas nenhuma autoridade cobra deles o que nos cobram, ISS, ICMS. O argumento é que não há mercadoria circulante. E meu satélite circula, por acaso?".
"O que espero é que as regras sejam aplicadas a todos. Vamos questionar as autoridades para que isso não gere assimetrias no futuro. Isso é absolutamente legítimo, o mundo está se movendo mais rápido que as instituições", acrescenta.
Ainda segundo o presidente da empresa, os investimentos feitos pela Sky no Brasil vão continuar em 2017. A companhia planeja investir R$ 1,5 bilhão no país neste ano. Além de destinar cerca de R$ 1,2 bilhão do total em estrutura e novos canais, a Sky tem planos de crescer no segmento de banda larga. Em 2017, ao menos R$ 300 milhões serão investidos em torres e aparelhos de recepção no país, completa Baptista.
Fonte: Folha de S.Paulo
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